terça-feira, 6 de setembro de 2016

Egoísmo

EGOÍSMO

     O egoísmo é intrínseco à sociedade que atualmente forma os padrões de consciência da humanidade. 
      Como descobrir se és egoísta? Analisando teus pensamentos e descobrindo que classe de consciência predomina na mente. Teus pensamentos giram em torno de ti próprio ou dos teus semelhantes? Se giram ao redor de ti, teu egoísmo te afastará das pessoas boas e também da verdade. Neste caso, se desejas mudança de atitude, busca no magnetismo da humildade atrair amigos sinceros e a aproximação com Deus. O egoísmo é uma fealdade que tem reflexo no rosto do egoísta e o afasta das pessoas, enquanto que a humildade é a doce fragrância que atrai os outros para quem a possui. 
    O egoísmo está entre os maiores males da humanidade, não somente porque a afasta de Deus, como também por ser o causador de distorções, equívocos e desigualdades sociais. O homem egoísta usa todo seu tempo disponível para pensar em si mesmo. Encontra prazer apenas em elevar seu ego e sente-se satisfeito com pequenas boas ações, as quais trata de engrandecer aos seus próprios olhos. 
    Embora o egoísmo seja um complemento natural da lei de preservação, pois nenhum homem mentalmente são faz algo sem razão alguma, nenhuma ação é realizada sem que haja uma relação, direta ou indireta, com um pensamento egoísta, quer dizer, sempre que oferecemos nossa ajuda aos outros, seja econômica, moral ou mental, recebemos em troca nossa própria satisfação; ainda assim devemos buscar no âmbito da humildade a maneira de contrapor esta tendência natural da alma. 
    A humildade é uma qualidade inerente às pessoas admiráveis que não se consideram especiais, nem se regozijam ante sua própria grandeza. Jesus afirma que o menor dos seres humanos, ou seja, o mais humilde, é o maior no reino de Deus. 
    O egoísmo do homem tem sua raiz no seu apego excessivo às coisas materiais. O ego humano procura satisfazer seus desejos constantes e insaciáveis dos valores espirituais, através dos sentidos físicos. Entretanto, os sentidos materiais jamais lhe atenderão, ao contrário, levará o ser humano a maiores sofrimentos. Os desejos da alma jamais poderão ser satisfeitos mediante os canais dos sentidos. Somente quando o homem compreender esta verdade e vencer o ego, isto é, realizar o autodomínio, conseguirá viver em um mundo de bem-aventuranças. 
    Podemos definir o egoísta como alguém que desenvolve o desejo exagerado de possuir bens materiais, além do que possa parecer justo para viver simplesmente, sem ostentação, somado a um comportamento interesseiro, colocando-se sempre no centro do seu próprio universo, onde todos os valores estão agregados exclusivamente ao seu próprio ego, valorizando enfaticamente tudo que se refere a si, e depreciando o que mais lhe escapa. 
    Quase sempre o egoísta traz consigo uma máscara de superioridade que, na verdade origina-se de um complexo de inferioridade. Este complexo de inferioridade resulta do conhecimento secreto de suas debilidades reais ou imaginárias e, para compensar estas fraquezas a pessoa constrói uma armadura de falso orgulho, exibindo um ego presunçoso. Deste modo, aqueles que desconhecem a causa real de tal atitude, asseguram que tal pessoa padece de um complexo de superioridade. 
    O homem não nasce egoísta. Ele se torna egoísta em consequência dos hábitos que vai adquirindo no meio ambiente em que vive. Assim, podemos considerar o egoísmo como um somatório de maus hábitos que caracterizam uma pessoa. Esta é uma boa notícia, porque sabemos que os hábitos podem ser combatidos e modificados. Sabemos também que para combater um determinado hábito o devemos contrapor com outro que seja seu antagônico. Assim, se você possui o hábito de mentir, cultive o hábito de falar a verdade; se possuir o hábito da preguiça, habitue-se ao dinamismo, etc. No caso específico do egoísmo, devemos desenvolver o mais cedo possível a humildade – que começa pela aceitação do erro – exercitando-se no altruísmo, praticando a caridade e o trabalho voluntário em prol daqueles necessitados. 
    Confia em ti mesmo, em tuas realizações reais e no entendimento de que teu verdadeiro Ser jamais poderá ser “inferior”, então estarás livre de todo complexo. 
    Devemos manter em mente que fomos criados por Deus neste universo material e, por conseguinte, não devemos temer viver na materialidade e nem tampouco de usufruir de todo acervo que o constitui. É por direito que devemos partilhar os bens que nos foram ofertados por Deus, nosso criador. 
   O apego às possessões e não as possessões por si mesmas é a causa de todo sofrimento. Afinal, nada nos pertence, e aquilo que usufruímos é de uso temporário. Tanto aquele que muito possui quanto o que possui muito pouco, devem tudo abandonar quando a morte chega. 
   Não devemos viver neste universo de forma unilateral, pensando só em Deus e esquecendo dos nossos deveres para com o mundo em que vivemos. É nosso dever trabalhar para manter o equilíbrio do meio ambiente. Para tanto, não devemos ociosamente esperar pela contribuição dos demais; se desejas um mundo de amor, começa por amar o teu próximo; se desejas a honestidade dos outros para contigo, tu deves ser honesto primeiramente; se desejas a bondade dos outros, evita comportar-te erroneamente; se desejas a paz, sejas tu mesmo o portador da paz. Deves tu mesmo expressar aquelas qualidades que desejas ver nos outros e, com certeza, verás que aqueles que te rodeiam se comportarão de modo semelhante.

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