quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Obreiros Inocentes ou Tecnocristos

Obreiros Inocentes, tecnocristos.


A Doutrina Espírita, conforme a codificação de Allan Kardec, repousa sobre três aspectos: filosófico, religioso e científico. Esta tríade tem como objetivo a formação do Homem integral, por fornecer-lhe as bases do conhecimento legado pela espiritualidade, que requer o conhecimento, a ideia e obediência aos princípios cristãos. Forma um tripé, sobre o qual se apóia todo o conteúdo doutrinário.
Conforme Allan Kardec, "O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ele consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ele compreende todas conseqüências morais que decorrem dessas relações".
 Os três lados do triângulo que representam estas bases deveriam ser equiláteros, ou seja, o conhecimento filosófico, científico  e religioso transmitidos aos adeptos com equidade. Entretanto, assim não acontece na prática, sendo preocupação de poucos. A absorção do conhecimento fica por conta das características individuais dos adeptos. São notáveis também as peculiaridades da comunidade onde se aplica. Os costumes populares têm grande influência na receptividade, como também no que é oferecido como ensinamento, dentro dos três ramos da Doutrina.
A Organização Mundial de Saúde já reconhece a influência espiritual, e por conseqüência, o mundo espiritual. Veja no texto abaixo, escrito pelo Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, Professor da Faculdade de Medicina DA USP, onde já é obrigatória a cadeira de Medicina e Espiritualidade:

“... A OBSESSÃO ESPIRITUAL como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:biológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecido na Medicina como possessão e estado-de-transe, que é um item do CID – Código Internacional de Doenças – que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 – define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença. “
No Brasil, em particular, a denominada “Pátria do Evangelho” por Francisco Xavier, em obra ditada pelo espírito Humberto de Campos, o maior país espírita tem seu povo de origem humilde e subserviente desde suas origens. Esse povo, de coração bondoso e crédulo, não faz questão de atestar sua crença por meio de fórmulas matemáticas nem de pensamentos profundos de filosofia. Segue o que lhe dita o coração e a fé.
Em ambiente assim, não haveria de prosperar, com facilidade, o ramo  filosófico e muito menos o caráter científico do espiritismo. O Brasil, sendo a maior população espírita do planeta, possui maiores possibilidades de desenvolver todas as tendências, entretanto, nota-se grande desnível a favor do espiritismo religioso. Mas a Doutrina é dos espíritos, homens de outra dimensão que sobre nós espraiam bênçãos de luz e desejam nossa prosperidade integral. Trabalham em prol de toda humanidade, à qual pertencem, no desejo de que, de modo coerente e equilibrado, conquiste um futuro luminoso.
"O Espiritismo e a Ciência se completam um pelo outro; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha impossibilitada de explicar certos fenômenos, unicamente pelas leis da matéria; o Espiritismo, sem a Ciência, ficaria sem apoio e exame" (Kardec).
Aqui, o Espiritismo, como ciência, avança quase que no anonimato, sustentado por adeptos de mente aberta que acreditam com fé inabalável na necessidade da mudança nos métodos outrora empregados para o estudo deste lado da Doutrina. Devemos passar da simples observação passiva, para uma relação mais ativa como o “outro lado”. Nossos parceiros clamam por nossa atenção, no sentido de que novos tempos são chegados e que já possuímos ferramentas mais adequadas para uma comunicação mais abrangente e sólida. O tempo das batidas, mesas girantes e outros métodos atuais para esta comunicação já carece de uma atualização para procedimentos que utilizem o lado científico da Doutrina.
A partir do ano de 1959, a espiritualidade, através de Friedrich Jürgenson, iniciou uma nova maneira de estabelecer contato. Desde então, outros pesquisadores deram sequência ao estudo realizando novas exitosas experiências. Esta nova técnica de comunicação tem hoje o nome de TCI, ou Transcomunicação Instrumental.
Se utilizarmos o décimo, que nos é peculiar, de inteligência cerebral, e meditarmos um pouco sobre o trabalho executado pelo plano espiritual, donde tudo se origina, para levar à frente este Projeto Terra, certamente chegaremos à conclusão de que a tecnologia que hoje possuímos tem um mérito mais elevado do que possibilitar o seu uso para fins exclusivamente egoístas e perniciosos. Convém imaginar que algo maior é cogitado.
O equilíbrio é preciso para esse progresso e, assim, fazem-se necessárias ações que possam compensar a falta localizada em algumas partes do planeta, dos conhecimentos essenciais para o sucesso dessa jornada.
Através dos “Obreiros Inocentes, tecnocristos” a espiritualidade participa, preenchendo as lacunas, onde existam, dos conhecimentos técnicos e científicos de que precisa a humanidade, para a continuidade do seu progresso.
Com sábia objetividade, escolhe o lugar e o tempo certo, onde a carência é bem visível, para prover essa necessidade. Com muita freqüência, envia-nos diversos mensageiros que, inocentes de suas missões quando aqui chegam, agem, ora isoladamente, outras vezes juntam-se no estudo de um projeto que, finalmente resulta em um avanço científico que beneficiará a humanidade como um todo.
Denomino estes espíritos encarnados de “Obreiros Inocentes” por desconhecerem o verdadeiro teor de suas missões - vias de regra, dizem-se ateus. Tecnocristos, quando sua missão de teor puramente científico, requer desses voluntários espirituais, total abandono de si mesmos, em prol da ciência. Crucificam-se nos laboratórios voluntariamente, doando-se ao altruísmo.
Aos espíritos não influi a tendência religiosa destes servidores. O que importa é o sucesso de sua missão. Eventualmente, a descrença de uma realidade mística vem colaborar nesse sucesso. Evidentemente, este espírito inocente, momentaneamente desfocado de sua situação cósmica, é assistido amplamente pela espiritualidade que trabalha ao seu lado. Eis porque, com freqüência, sentem-se intuídos em atividades paranormais, ou deixam-se levar por pensamentos acerca de assuntos dessa natureza.
A finalidade precípua desta intervenção é, sem dúvidas, suprir a humanidade das necessidades básicas para uma missão maior a qual seria o conhecimento indubitável para o homem da existência à qual faz parte – a realidade cósmica. O conhecimento dessa realidade e o relacionamento mútuo homens-cosmo; homem matéria, homem espírito.
Dentre muitos, citarei um desses Obreiros inocentes, que nos legou extraordinário avanço tecnológico, proporcionando a toda humanidade os frutos de seus trabalhos e suas invenções. Chamou-se Nikola Tesla e esteve entre nós de 1856 a 1943.
Dentre dezenas de invenções podemos citar: Transmissão de energia elétrica a longa distância; motores de indução elétrica; o rádio; a lâmpada a gás e outros tantos que hoje fazem parte do nosso dia-a-dia.
Nikola Tesla foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e eletrotécnica, de etnia sérvia nascido na aldeia de Smiljan, Vojna Krajina, no território da atual Croácia. (Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nikola_Tesla).
Não cabe aqui sua biografia, a qual pode ser vista no link acima, mas, os dados de sua personalidade que nos leva ao que afirmamos neste artigo.
 Tesla não se deixava corromper pelo dinheiro nem por posições sociais. Seu foco de vida visava uma única coisa acima de tudo – o bem da humanidade. Com esta idéia, lutou bravamente toda a vida, superando toda espécie de trapaça, má vontade e ganância de aproveitadores que dele extorquiram vantagens com exclusiva intenção de enriquecimento próprio. Todo o dinheiro que conseguiu foi empregado nessa missão, não tirou nenhum proveito em causa própria, morrendo pobre e só em um quarto de hotel. Durante sua vida, totalmente dedicada à ciência, teve diversos lampejos da existência em outras dimensões. Em uma delas pode perceber a morte de sua mãe que vivia distante. Nikola Tesla foi um Obreiro Inocente, tecnocristo da mais alta qualidade, que cumpriu de forma maravilhosa a missão que lhe foi confiada no Planeta Terra.
É de sua autoria o seguinte pensamento:
“O mundo não está preparado para isto. É algo muito além do nosso tempo, mas as leis vão prevalecer, e um dia farão um sucesso triunfante”. (Nikola Tesla)

Texto de Luiz Pimentel - 2013

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