sábado, 28 de julho de 2018

O Céu é o limite.




O Céu é o limite.


Quantas vezes nos surpreendemos tristes ou revoltados, ou ainda inconformados com aquilo que somos ou aquilo que não temos. Na maioria destas oportunidades, nossos sentimentos circulam em torno de algo material, que faz falta ao nosso ego. Todos somos vítimas de tais sentimentos, pois somos criaturas ainda tenras nesta seara cósmica.

Se fosse possível nos conscientizar da verdadeira situação na qual nos encontramos, jamais nos sentiríamos inconformados ou tristes, porém estaríamos plenos de felicidade e dando graças a Deus, nosso Criador, por sermos possuidores de coisas grandiosas assim como parte de algo inimaginavelmente maravilhoso.

Se pudéssemos visualizar toda esta grandeza, poderíamos afirmar que fosse a Terra um perfeito paraíso, mesmo assim não seria minimamente comparável àquilo a que verdadeiramente fazemos jus.

A semente primordial a cada Ser Deus retirou de si próprio. Como acontece a todas as sementes, elas guardam em si todas os atributos da sua espécie. Assim, na semente de Deus está contida a própria individualidade Divina em estado potencial. Portanto, somos a imagem do Pai e como filhos, herdamos todos os seus predicados.

Somos plantas tenras, recém-semeadas, e não possuímos ainda raízes profundas nem galhos largos. Não produzimos sombras e estamos longe de dar frutos. Portanto, falta-nos a vivência necessária para obtermos o conhecimento necessário sobre nós mesmos e o ambiente no qual fomos semeados e crescemos, sob os cuidados do Semeador. Mas, estamos crescendo e evoluindo. Haverá o tempo em que seremos como árvores frondosas doadoras de belos frutos e sombra atrativa.

Enquanto crescemos, somos responsáveis pelo bom aproveitamento do que recebemos. Temos que estar conscientes de que o Sol que nos ilumina e nos fornece calor, energia e tudo mais necessário para nosso crescimento saudável, é também o Sol da liberdade, que permite a individualidade através da consciência e aguarda este crescimento com brandura, impassível, confiante na boa colheita.

Enquanto crescemos, devemos confiar. Se ainda sentimos medos, por não estarmos com raízes profundas que nos assegurem a estabilidade, confiemos! Somos imortais, nada poderá nos afligir. Somos possuidores de riquezas inigualáveis, indestrutíveis; portanto, que não nos causam preocupações. Esqueçamos um pouco as raízes que supomos nos deem toda a sustentação necessária e olvidemos a morte de alguns galhos envelhecidos cuja poda só fortalecerá o crescimento. Permitamos que nossos pensamentos fluam para os galhos e folhas mais altos, em direção ao Sol e, assim, expanda a consciência em busca da origem do Ser.

Enquanto crescemos, olhemos ao redor. Poderemos visualizar a nossa volta nossas irmãs e irmãos maiores, já crescidos, oferecendo belezas e nos fortalecendo com seu exemplo. Devemos procurar a proteção daqueles que podem nos mostrar o caminho de como proceder para que, nós também, possamos no futuro servir como guias aos que vierem depois e, como nós agora, precisem também da força dos nossos exemplos.

Alegre-se! Não se torture pelo insignificante. Não se lastime nem sinta-se desamparado. Por maior que seja o que você julgue como sofrimento e má sorte, esteja certo de que, o que for,  não significa muito se comparado àquilo que ainda estar por vir. O céu é o limite!

sábado, 7 de julho de 2018

O Próximo

Quando Jesus foi perguntado sobre quem seria o “próximo” aludido na segunda lei, Ele respondeu através de uma parábola que contava a história de um homem que após haver sido atacado por bandidos na estrada que levava de Jerusalém a Jericó, foi abandonado, combalido, às margens daquele caminho desolado e perigoso, que sabidamente era evitado devido ao seu alto grau de periculosidade. Entretanto, justamente por ali passou um sacerdote que, vendo o homem caído, tratou de passar ao largo, sem prestar-lhe nenhum socorro. Assim também o fez um levita que por ali passava. Porém, um mercador samaritano, vendo o tal homem, apiedou-se e logo prestou-lhe os primeiros socorros, retirando-o depois, para outro local onde poderia ser cuidado adequadamente.

Mas, onde podemos visualizar, dentro da parábola, a definição do “próximo”? Vimos um ato de negligência lastimável por parte de um que se intitulava “representante de Deus” e outro que carregava  dentro  de  si  o  sentimento  de  grandeza,  mas  que,  na  verdade,  eram  legítimos representantes do ego. Vimos também a figura de um homem piedoso que, no ato de piedade, “esquece” de si mesmo, em vista dos perigos e dos aborrecimentos que poderiam surgir, para unir-se ao outro e minorar seus sofrimentos, como se fossem os dele próprio.

Nesta parábola, o que mais importa resume-se exatamente no instante em que o homem, por piedade, esquece seu ego e se une ao sofrimento do outro.

O “outro”, ou seja, aquele que necessita, que proporciona a oportunidade de desligamento instantâneo do ego e, através de doação do amor incondicional, o ligamento espiritual a outrem, é a definição mais  representativa do que seja o teu “próximo”. Assim, devemos visualizar  nosso “próximo” em qualquer ser vivente ou, melhor dizendo, em toda criação de Deus.

Quando cuidamos de um pequeno animal – ele é nosso “próximo”!
Quando regamos uma plantinha em um jarro – ela é nosso “próximo”!
Quando cuidamos da natureza, não a poluindo – ela é nosso “próximo”!
Quando meditamos e emitimos pensamentos de paz, amor e fraternidade a toda humanidade, então, toda humanidade é nosso “próximo”.

O maior bem que podemos usufruir, quando nos relacionamos com nosso próximo, é o instante em que nos desligamos do EGO e mergulhamos no oceano de toda criação esquecendo, momentaneamente, a “falsa” ilusão da nossa independência, para nos tornar UNOS com todo o Universo de Deus.