sábado, 7 de julho de 2018

O Próximo

Quando Jesus foi perguntado sobre quem seria o “próximo” aludido na segunda lei, Ele respondeu através de uma parábola que contava a história de um homem que após haver sido atacado por bandidos na estrada que levava de Jerusalém a Jericó, foi abandonado, combalido, às margens daquele caminho desolado e perigoso, que sabidamente era evitado devido ao seu alto grau de periculosidade. Entretanto, justamente por ali passou um sacerdote que, vendo o homem caído, tratou de passar ao largo, sem prestar-lhe nenhum socorro. Assim também o fez um levita que por ali passava. Porém, um mercador samaritano, vendo o tal homem, apiedou-se e logo prestou-lhe os primeiros socorros, retirando-o depois, para outro local onde poderia ser cuidado adequadamente.

Mas, onde podemos visualizar, dentro da parábola, a definição do “próximo”? Vimos um ato de negligência lastimável por parte de um que se intitulava “representante de Deus” e outro que carregava  dentro  de  si  o  sentimento  de  grandeza,  mas  que,  na  verdade,  eram  legítimos representantes do ego. Vimos também a figura de um homem piedoso que, no ato de piedade, “esquece” de si mesmo, em vista dos perigos e dos aborrecimentos que poderiam surgir, para unir-se ao outro e minorar seus sofrimentos, como se fossem os dele próprio.

Nesta parábola, o que mais importa resume-se exatamente no instante em que o homem, por piedade, esquece seu ego e se une ao sofrimento do outro.

O “outro”, ou seja, aquele que necessita, que proporciona a oportunidade de desligamento instantâneo do ego e, através de doação do amor incondicional, o ligamento espiritual a outrem, é a definição mais  representativa do que seja o teu “próximo”. Assim, devemos visualizar  nosso “próximo” em qualquer ser vivente ou, melhor dizendo, em toda criação de Deus.

Quando cuidamos de um pequeno animal – ele é nosso “próximo”!
Quando regamos uma plantinha em um jarro – ela é nosso “próximo”!
Quando cuidamos da natureza, não a poluindo – ela é nosso “próximo”!
Quando meditamos e emitimos pensamentos de paz, amor e fraternidade a toda humanidade, então, toda humanidade é nosso “próximo”.

O maior bem que podemos usufruir, quando nos relacionamos com nosso próximo, é o instante em que nos desligamos do EGO e mergulhamos no oceano de toda criação esquecendo, momentaneamente, a “falsa” ilusão da nossa independência, para nos tornar UNOS com todo o Universo de Deus.

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