quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Insights (2007) - Pseudônimo (Djalma Luz)


O texto abaixo é fruto da imaginação criativa. Não tem nenhuma conotação com o que possa ou não ser verdade. O intuito exclusivo seria explorar a sua imaginação, concordando ou discordando do contexto. Seja qual for sua opção, deixo minha gratidão.

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INSIGHTS


2007
Goiânia,GO
Brasil
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O Ano de 1870



Sentia-me sentado, observando uma

pequena parte de uma praia marinha. Ficava
bem abaixo, e para a esquerda do meu ponto
de observação. A pouca extensão de areia
brilhava em pequenos pontos, até onde se
podia observar. Pequenas ondas, com suas
espumas brancas, subiam e desciam num
fluxo-refluxo constante, que mais parecia as
carícias ternas de uma mãe a seu filho.
A paisagem também se compunha de
uma vegetação, ora bastante rasteira, que
ladeava e cobria uma faixa da areia, e outra,
mais distante, que subia pelo barranco, até
encontrar árvores de maior porte. Na parte
mais longínqua, encobrindo a linha do
horizonte, um brusco patamar de pedra
encerrava o quadro, como os carrascos da
vida, encerrando aquela existência tão bonita.
Eu observava tudo, sem mesmo notar
como era bonita aquela paisagem mental.
Estava absorto em minha visão, enquanto
torrentes de outros pensamentos fluíam pela
minha memória. Eram recordações de fatos
passados, que me atormentavam o espírito.
Não estava certo de que aquela melancolia era
fruto daquele lugar, que a mim parecia ser meu
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próprio refúgio espiritual, ou se por estes
pensamentos fugidios que me traziam de volta
fatos vívidos de lutas e sofrimentos pregressos.
Como aquelas ondas mansas, tranquilas,
amistosas e até carinhosas, tentavam acalmar
meu espírito que balançava no mesmo ir-e-vir.
Apenas uma ideia se fixava em minha
mente, como se em todo aquele universo fosse
este o dado mais importante. Aquele era o ano
de 1870.

A vida é uma só

Eu tinha uma convicção. Aquela data era
de suma importância, porque eu já a havia
vivido. Possivelmente, teria sido a data de
fechamento do último capítulo, do último livro
da interminável obra da alma. Sim, eu estou
convicto disto.
Em um lapso de incerteza, perguntei
mentalmente à fonte: - como sabes que o ano é
o de 1870? Ouço, então, sua resposta
silenciosa, afirmando inequivocamente: - da
mesma forma que tu sabes em qual ano, do teu
calendário, estás agora!
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Redemoinhos de ideias turbilhonaram
minha mente, a qual procuro, rapidamente,
acalmar. Busco, naquele silêncio tão
necessário, novas respostas às minhas
inquisições.
Mentalmente, inicio minhas
elucubrações matemáticas, na tentativa de
evidenciar os argumentos que fizessem sentido
no meu mundo objetivo, de finitas
possibilidades. Afinal, minha mentalidade,
também objetiva, estava ali confinada.
Deduzi, em cálculos aritméticos, que, se
tomasse o ano de 1870 como o ano de
encerramento da última obra vivenciada pelo
meu espírito, e o ano de meu novo
renascimento, como o inicio da sua obra
seguinte, haveria um lapso de tempo, em
nossa dimensão física, de 76 anos. Eis aí,
então, em parâmetros dimensionais físicos, o
tempo que o EU real vivenciou, em sua
dimensão, a sua vida real, ou seja, na
espiritualidade. Este foi seu período de férias
escolares, embora possa ter optado por outros
cursos extracurriculares.
Em qualquer das situações, o mais
importante de tudo isto, é a certeza que
poderemos ter, de que a vida é contínua, sem
quebras. Uma apenas e não múltiplas, como se
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possa imaginar. Apenas, um fluxo e refluxo,
contínuos e infinitos de maravilhosas
transformações. Será sempre a eterna obra
inacabada, a própria biografia da alma.

Nasce uma nova Obra

Escolhi renascer em um lar terrestre, no
qual pudesse desenvolver minha nova obra de
vida, em toda sua plenitude. Fiz planos,
elaborei estudos, determinei metas e métodos.
Consultei meus melhores amigos, e pedi
conselhos úteis. Meditei bastante sobre aquela
nova jornada de trabalho, a qual me propunha
executar. Finalmente, convencido dos meus
desejos, orei ao Pai, pedindo-Lhe sua bênção
e, com fé inabalável, adormeci.
Minha nova obra iniciara. Eu ainda não a
havia batizado. Sim, necessitava de um título
que fosse sua referência. Olhei em volta, e
notei, ainda como sombras bruxuleantes, os
meus novos personagens. Embora carregasse
comigo o roteiro de minha nova história, ainda
assim, não havia um conhecimento mais
profundo do papel que cada um exerceria.
Sabia que a história poderia ser modificada ao
longo do seu curso. Que alegrias poderiam
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transformar-se em tristezas, ou vice-versa. Que
muitas páginas poderiam ser reescritas. Que
alguns capítulos seriam esquecidos e outros
adicionados.
Lembrei, então, dos conselhos dos
queridos amigos, da oração que fiz ao Pai,
pedindo-Lhe apoio. Então, chorei! Chorei muito!
De repente, senti afagos e carícias de
uma mão leve e suave que alisava meu corpo,
num vai-e-vem maternal. Novamente, lembrei-me
da praia, das ondas suaves do mar, que
acariciavam a areia fina e alva, como minha
pele. Recordei-me daquele lugar de paz, que,
embora me houvesse trazido, também, tristes
recordações, me tranquilizavam o espírito.
Então calei!
Tentei abrir os olhos, na esperança de
ver quem me fazia aquele ato tão carinhoso e
suave. Tive quase certeza de que veria aquele
mesmo mar de ondas azuis e cristalinas. Com
muito esforço, consegui abrir os olhos, e vi. Era
mesmo a minha paisagem favorita. Então sorri!
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O bem e o mau

Renascer, viver e crescer, eis a questão!
O renascimento busca o conhecimento.
Sempre buscamos novidades que preencham
os espaços vazios do nosso espírito. São as
experiências que fazem a sua história.
Vivências são importantes, porque
trazem o conhecimento. Não haverá
conhecimento sem vivência.
O crescimento é uma função do
somatório de todas as vivências. Não haverá
crescimento sem vivências.
Na obra interminável da alma, cada
capítulo representa uma vivência. Nesta obra
divina, de autobiografia, a alma conta sua
história, e cada um dos volumes consta,
autografados, na biblioteca infinita do Criador.
Cada um dos capítulos é lido, com
especial atenção, pelo Bondoso Pai, que
sempre presenteia o filho com o próximo tema
a ser desenvolvido.
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Ele se encanta com as histórias vividas por
seus filhos, e rejubila-se com seus
crescimentos.
Lembra-Se, quando o filho ainda era tão
pequeno e inocente, e Lhe perguntava:
- Pai, o que é viver?
Então, com imensa ternura, respondia:
- Viva!
E o filho, escrevia sua primeira história. E foram
escritas outras e outras...
Histórias infindáveis, onde o bem e o mau
apenas serviam de parâmetros de
discernimento, esclarecendo o espírito em sua
interminável jornada, junto ao Pai.

O bom e o mau



Em uma roda de crianças, um adulto
contava a já muito conhecida história de
“Chapeuzinho Vermelho e o Terrível Lobo
Mau”. Embora todas as crianças já a
houvessem ouvido por inúmeras vezes, mesmo
assim, permaneciam com olhares paralisados
de terror, ante o iminente desfecho:
- Então, disse o narrador, o caçador
mata o Lobo Mau, abre-lhe o estômago, e retira
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de lá, vivinhas, a vovozinha e Chapeuzinho
Vermelho.
Uma das crianças, com semblante
tristonho, diz ao contador de histórias:
- Tio, mas o pobre Lobo só estava
cansado e com fome!
O nosso espírito escreve sempre a sua
história, e a apresenta ao Pai. Não conta
sempre a mesma, mas façanhas diferentes,
cheias de emoções, de lutas e de glórias!
O Pai, sempre lê com a mesma
misericordiosa imparcialidade, e registra em
seu volumoso livro, os méritos dedicados a tão
querido filho. Assim, determina o seu grau
evolutivo, e o abraça mais forte para junto de
Si.
- Pai, Vós que sois onisciente, diz-me,
como posso conhecer o bem? – pergunta o
espírito sequioso de conhecimento.
O Grande Pai, amoroso com seu filho
bem-amado, determina que sua próxima obra
lhe mostrará os domínios do mau. E, aquele
filho, mostrando infinita obediência, projeta sua
próxima jornada para atender aos desígnios do
Pai. Renasce em um mundo pleno de
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vibrações espirituais de ordem inferior. Ali,
seria seu laboratório, sua sala de aula, e teria
respostas a todos os seus argumentos.
Vivenciaria cada um deles, o que o tornaria
apto ao conhecimento do bem.
-Pai, eu desejei o conhecimento do bem,
e me enviastes para este mundo de sombras e
horror? – pergunta, tristemente, aquele espírito
sofredor.
-Te criei, a princípio, ignorante de todas
as coisas, para que pudesses vivenciá-las e
compreendê-las. Antes de enxergares a luz,
conheceste as trevas. Assim, não poderias
entender o bem se não dominasses o mau!
- Mas Senhor, se neste mundo tão
violento e mesquinho, onde predominam todas
as forças negativas, meu espírito for por elas
contaminado, não haverás de me amar menos?
– retrucou o espírito, ainda em desalento.
- Te amarei mais ainda filho, pois ao
sentires o quanto és amado, começarás, então,
a conhecer o bem!
Assim, aquele espírito escreveu toda sua
obra, e no último capítulo, tendo a
compreensão total de que, aquilo que entendia
por “mau” nada mais era do que a própria
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ausência do conhecimento das verdadeiras
Leis Divinas, do amor, da caridade e da
solidariedade fraternal, dedicou suas últimas
páginas ao esclarecimento de tais normas e
sentimentos. Legou, aos seus irmãos de
jornada, uma bússola, que os poderia guiar
através daqueles caminhos escuros, em
direção à eterna verdade.
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Visão Cósmica




A amplidão cósmica espalhava-se à
minha frente, para os lados, acima e abaixo,
em minha tela mental. Notava um intenso
contraste entre ausência e presença de luz.
Redemoinhos de luzes agrupadas ali e acolá,
pareciam fogueiras vivas em intensa
convulsão. Rodopiavam em torno de si
mesmas, mostrando um núcleo de forte
condensação de matéria, que ia se espraiando
em raios suaves, ou em grossos cordões
espiralados. Parecia-me impossível expressar
tanta beleza e grandiosidade.
Em outra região, pequenos grupos
luminosos, mais ou menos isolados,
mostravam-se em belos coloridos, e
tonalidades, ora fortes, ora fracas, dentro do
que se mostrava como uma gigantesca nuvem
gasosa. Observei que, mesmo onde se
apresentava somente o negro vácuo, com
absoluta ausência de pontos luminosos, estava
repleto de uma forte energia que, interligava
todo o conjunto.
Tudo estava em movimento suave,
quase imperceptível. Giravam, ou expandiam-se
levemente, em qualquer direção. Imaginei
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estar presente, frente ao portão de uma das
moradas do Pai.
Enquanto minha visão pairava,
observando maravilhado, aquele quadro de
tamanha magnitude e beleza, uma angústia
começou a surgir em minha mente. Uma
gigantesca catástrofe poderia ocorrer, se
houvesse um encontro entre dois aglomerados
mais próximos, que pareciam flutuar, sem
nenhum governo, naquele tetro ambiente, o
qual, a princípio, me parecera infinito, mas,
diante de minha atual preocupação, já não me
satisfazia em tamanho. Repentinamente, veio-me
à mente quantos ignotos mundos
pereceriam consumidos. Quantas vidas
deixariam de existir!
Entretanto, embora forças hercúleas
movimentassem, invisivelmente, cada um
daqueles conglomerados ofuscantes, de
massas incandescentes, havia incontestável
harmonia no conjunto. Como uma grande
orquestra em concerto, onde o maestro, com
seus gestos, determina a perfeita execução da
obra sinfônica.
Acalmou-me o espírito tal ideia e,
serenamente, repousei em corpo físico.
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A grande lei do equilíbrio

Toda a existência busca o
equilíbrio. O forte procura o fraco, para dividir
suas forças, equilibrando suas potências. O
vácuo é preenchido, em sua vacuidade, por
energias semelhantes, embora possam possuir
naturezas diversas. Assim, o maior busca
menor, o positivo atrai o negativo, o masculino
une-se ao feminino, etc. Todo semelhante
busca o seu dessemelhante, e nesta luta de
paz, organizam-se as existências e, em
todos os meios, correntes de energia, de toda
ordem vibratória, estão em contínuas
transformações.
Essas transformações são as bases do
equilíbrio universal. São transformações
energéticas que movimentam todos os
princípios vitais. Não seria possível haver vida
no universo, sem a ação primaz destas trocas
energéticas.
Observe a vida, como ela é. Analise seu
corpo, o funcionamento do seu organismo, e
veja a atuação deste processo vital.
Comecemos pela sua respiração. Seus
pulmões, que impulsionam o ar para dentro e
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para fora, supre as necessidades do oxigênio
vitalizante. Note que seus pulmões procuram
preencher o vazio, na inspiração, até haver o
equilíbrio neste sentido. Em seguida, expele
todo o ar, aliviando as forças potenciais, em
busca de novo ponto de equilíbrio, é a
expiração.
Tomemos mais um exemplo, ainda no
seu próprio corpo. Observe os batimentos do
seu coração, bombeando sangue nutritivo a
todas as partes do seu corpo, propiciando
assim, a continuidade vital. Veja que, aí
também, acontece o mesmo processo de
busca de equilíbrio, do estado pleno para o
vazio, e do estado vazio para o pleno.
Deixando seu corpo físico, busquemos
exemplos desta ação, por outras partes da
natureza. Lembremo-nos das ondas do mar,
que esvaziam suas forças nas areias da praia,
ou nas encostas dos rochedos. Harmonizam
suas energias e, em seguida, retornam ao
ponto original de equilíbrio.
Indo ainda mais distante, procuremos a
ação desta lei no Cosmo, onde residem toda
sorte de forças, em suas atividades maiores,
regendo, de infinito a infinito, a organização e
harmonia do caos.
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Expandem-se as galáxias, em todas as
direções, como se relaxassem as tensões de
forças outrora coercivas, plenas de energia,
que, neste momento, busca o seu ponto de
equilíbrio. É a expiração Cósmica.
Se tomarmos a Lei do Equilíbrio como
uma das grandes leis universais, haveremos de
considerar que este movimento de expansão
cessará, quando houver  alcançado o seu
ponto de equilíbrio potencial. Será iniciada,
então, a busca pelo novo ponto de equilíbrio,
como em um movimento pendular, o
movimento, agora, se dará no sentido inverso.
É a Inspiração Cósmica, pretendendo reunir
novamente, toda sua energia, em um único
ponto.
Nesta observação, vimos que a energia
se expande e se contrai até os limites de suas
forças potenciais, sempre à procura do
equilíbrio dinâmico, como em um movimento
pendular. Contudo, temos a fazer uma
consideração importante. Estamos lidando com
energias que se transformam em massa. É a
energia do mundo físico. Aquela que faz
nascerem estrelas, planetas, gases e, tudo
mais que dá existência ao plano físico.
Existe uma outra forma de energia, que
não se transforma diretamente em matéria, e
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que não obedece a nenhuma lei Newtoniana.
Esta energia diferenciada, está presente e
difundida por todo o universo, e além dele,
preenchendo todos os espaços, em todas as
dimensões. Ela está sempre em perfeito
equilíbrio e harmonia. Não possui correntes
migratórias compensativas, nem complementos
de forças. Ela não pode jamais ser criada nem
tampouco esgotada, embora supra todas as
energias primárias, em suas diversas
transformações. Esta energia vital age sobre o
espírito e sobre a matéria. É responsável pelo
fenômeno da continuidade da vida, atuando
sobre todos os sistemas autônomos dos
organismos.

A espiral evolutiva

O Grande Pai-Mãe, não descansa em
sua obra de criação. Está sempre em constante
atividade, transformando o caos em plenitude,
e retirando da plenitude o resultado de todas as
transformações, elevando a um novo grau
evolutivo.
Primariamente, realiza a primeira
transformação, direcionando sua vontade à
energia primordial, que surge no mundo físico
como energia primária. Esta energia primária, é
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a base de formação da matéria, e segue as leis
universais do plano físico. Sob a égide de tais
leis, surgem todos os elementos e compostos
químicos, inorgânicos e orgânicos, no reino
mineral e animal. Posteriormente, ainda em
função de tais leis, culminam-se as
transformações, possibilitando os processos
vitais, viabilizando a vida inteligente. Neste
patamar evolutivo da matéria, poderá ocorrer a
absorção da energia primordial. Acontece a
religação da criatura com o Criador.
Neste momento, a criatura, em seu grau
evolutivo mais simples, absorve, em sua
complexidade orgânica, a forma mais pura da
energia primordial, mas ainda não tem
capacidade para utilizá-la plenamente.
Na energia primordial, está contido todo
conhecimento do universo, visível e invisível. A
criatura, em seu grau evolutivo primário,
percebe, mas não compreende, pois ainda não
desenvolveu nenhum mecanismo de
transformação objetiva. Faltam-lhe as vivências
que, automaticamente, o suprirá destes
mecanismos.
A primeira vivência do ser corresponde
ao primeiro anel da espiral evolutiva. Ela se
inicia ao primeiro contato do ser com a energia
primordial, quando o Pai insuflou em suas
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narinas o seu hálito divino, e vai seguir, em
vivências futuras, até a plenitude, quando já
não haverá mais nenhum relacionamento com
as energias primárias. O ser passa a
relacionar-se integralmente com as vibrações
provenientes da energia primordial, divina.
De um extremo ao outro, cada anel da
espiral, ou seja, cada uma das vivências do
espírito corresponderá a um nível evolutivo,
que poderá acontecer em planos existenciais
diversos. Aquele em que a criatura possa
sentir-se em perfeita harmonia e equilíbrio
vibratórios.
Poderemos, então, subdividir esta
trajetória, em níveis vivenciais,
correspondentes à infância, juventude,
maturidade e velhice da alma.
A infância, seria desde o momento da
sua primeira absorção do espírito divino, ou
seja, energia primordial, até o momento em que
consegue compreender, após inúmeras
vivências, os sentimentos e emoções mais
básicos, mas ainda não consegue o domínio
sobre os mesmos.
Na juventude da alma, as tendências já
podem ser controladas. Já existe um bom nível
de entendimento e interpretação das
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informações transmitidas pela energia divina.
Fortalece-se a ligação entre o Criador e sua
criatura.
Na sua maturidade, o Ser poderá atingir
a plenitude do entendimento das leis divinas. O
seu espírito absorve toda a energia primordial
e, lê claramente o seu conteúdo. Não haverá
mistérios para o espírito, e sua relação com o
Pai torna-se direta, pessoal, de espírito para
espírito.
A velhice corresponderá ao período em
que o espírito do Ser, confunde-se com o
próprio Criador. Poderemos dizer que o filho
retorna à casa do Pai, como na Parábola do
Filho Pródigo.

Evolução e involução

Em nossa espiral evolutiva, dissemos
que cada uma das espirais corresponde a uma
vivência. Mais ainda, que cada uma destas
vivências pode acontecer no mesmo plano
evolutivo, quando o espírito ainda não houver
atingido a plenitude de conhecimentos
necessários ao seu autodomínio naquele plano.
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Quando o espírito completa o
aprendizado necessário, sente a necessidade,
pela lei do equilíbrio, e, automaticamente, será
alcançado outro plano de evolução, onde sejam
harmoniosas as novas energias vibratórias.
Desde o ponto onde o espírito vivenciou
a primeira experiência, dentro de um
determinado plano evolutivo, até a sua última
experiência, dentro deste mesmo plano, o
espírito experimenta o processo de evolução.
No momento em que se transportou para
outro plano, imediatamente superior, ocupará
outra base de evolução. Deixou a mais alta
ordem em um plano inferior, e passou a mais
baixa ordem em um plano superior. Acontece,
então, o fenômeno relativo da involução.
Poderemos substituir o termo “involução”
pelo termo “transição”, que considero mais
apropriado.
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Uma visão da grande “roda”.

Surgiu em minha mente a imagem da “Grande
Roda”. Na verdade, seria um grande caminho.
O espírito orbitando em torno de um eixo
imaginário, que aponta na direção do infinito. A
roda, é o caminho desviado da direção que
seria correta, se não houvesse os transtornos
que fazem desviar o espírito de seu caminho
rumo à luz.
O que produz este desvio são os sentimentos,
e tudo que é produzido durante a vivência do
espírito no casulo material.
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