quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Insights (2007) - Pseudônimo (Djalma Luz)


O texto abaixo é fruto da imaginação criativa. Não tem nenhuma conotação com o que possa ou não ser verdade. O intuito exclusivo seria explorar a sua imaginação, concordando ou discordando do contexto. Seja qual for sua opção, deixo minha gratidão.

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INSIGHTS


2007
Goiânia,GO
Brasil
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O Ano de 1870



Sentia-me sentado, observando uma

pequena parte de uma praia marinha. Ficava
bem abaixo, e para a esquerda do meu ponto
de observação. A pouca extensão de areia
brilhava em pequenos pontos, até onde se
podia observar. Pequenas ondas, com suas
espumas brancas, subiam e desciam num
fluxo-refluxo constante, que mais parecia as
carícias ternas de uma mãe a seu filho.
A paisagem também se compunha de
uma vegetação, ora bastante rasteira, que
ladeava e cobria uma faixa da areia, e outra,
mais distante, que subia pelo barranco, até
encontrar árvores de maior porte. Na parte
mais longínqua, encobrindo a linha do
horizonte, um brusco patamar de pedra
encerrava o quadro, como os carrascos da
vida, encerrando aquela existência tão bonita.
Eu observava tudo, sem mesmo notar
como era bonita aquela paisagem mental.
Estava absorto em minha visão, enquanto
torrentes de outros pensamentos fluíam pela
minha memória. Eram recordações de fatos
passados, que me atormentavam o espírito.
Não estava certo de que aquela melancolia era
fruto daquele lugar, que a mim parecia ser meu
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próprio refúgio espiritual, ou se por estes
pensamentos fugidios que me traziam de volta
fatos vívidos de lutas e sofrimentos pregressos.
Como aquelas ondas mansas, tranquilas,
amistosas e até carinhosas, tentavam acalmar
meu espírito que balançava no mesmo ir-e-vir.
Apenas uma ideia se fixava em minha
mente, como se em todo aquele universo fosse
este o dado mais importante. Aquele era o ano
de 1870.

A vida é uma só

Eu tinha uma convicção. Aquela data era
de suma importância, porque eu já a havia
vivido. Possivelmente, teria sido a data de
fechamento do último capítulo, do último livro
da interminável obra da alma. Sim, eu estou
convicto disto.
Em um lapso de incerteza, perguntei
mentalmente à fonte: - como sabes que o ano é
o de 1870? Ouço, então, sua resposta
silenciosa, afirmando inequivocamente: - da
mesma forma que tu sabes em qual ano, do teu
calendário, estás agora!
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Redemoinhos de ideias turbilhonaram
minha mente, a qual procuro, rapidamente,
acalmar. Busco, naquele silêncio tão
necessário, novas respostas às minhas
inquisições.
Mentalmente, inicio minhas
elucubrações matemáticas, na tentativa de
evidenciar os argumentos que fizessem sentido
no meu mundo objetivo, de finitas
possibilidades. Afinal, minha mentalidade,
também objetiva, estava ali confinada.
Deduzi, em cálculos aritméticos, que, se
tomasse o ano de 1870 como o ano de
encerramento da última obra vivenciada pelo
meu espírito, e o ano de meu novo
renascimento, como o inicio da sua obra
seguinte, haveria um lapso de tempo, em
nossa dimensão física, de 76 anos. Eis aí,
então, em parâmetros dimensionais físicos, o
tempo que o EU real vivenciou, em sua
dimensão, a sua vida real, ou seja, na
espiritualidade. Este foi seu período de férias
escolares, embora possa ter optado por outros
cursos extracurriculares.
Em qualquer das situações, o mais
importante de tudo isto, é a certeza que
poderemos ter, de que a vida é contínua, sem
quebras. Uma apenas e não múltiplas, como se
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possa imaginar. Apenas, um fluxo e refluxo,
contínuos e infinitos de maravilhosas
transformações. Será sempre a eterna obra
inacabada, a própria biografia da alma.

Nasce uma nova Obra

Escolhi renascer em um lar terrestre, no
qual pudesse desenvolver minha nova obra de
vida, em toda sua plenitude. Fiz planos,
elaborei estudos, determinei metas e métodos.
Consultei meus melhores amigos, e pedi
conselhos úteis. Meditei bastante sobre aquela
nova jornada de trabalho, a qual me propunha
executar. Finalmente, convencido dos meus
desejos, orei ao Pai, pedindo-Lhe sua bênção
e, com fé inabalável, adormeci.
Minha nova obra iniciara. Eu ainda não a
havia batizado. Sim, necessitava de um título
que fosse sua referência. Olhei em volta, e
notei, ainda como sombras bruxuleantes, os
meus novos personagens. Embora carregasse
comigo o roteiro de minha nova história, ainda
assim, não havia um conhecimento mais
profundo do papel que cada um exerceria.
Sabia que a história poderia ser modificada ao
longo do seu curso. Que alegrias poderiam
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transformar-se em tristezas, ou vice-versa. Que
muitas páginas poderiam ser reescritas. Que
alguns capítulos seriam esquecidos e outros
adicionados.
Lembrei, então, dos conselhos dos
queridos amigos, da oração que fiz ao Pai,
pedindo-Lhe apoio. Então, chorei! Chorei muito!
De repente, senti afagos e carícias de
uma mão leve e suave que alisava meu corpo,
num vai-e-vem maternal. Novamente, lembrei-me
da praia, das ondas suaves do mar, que
acariciavam a areia fina e alva, como minha
pele. Recordei-me daquele lugar de paz, que,
embora me houvesse trazido, também, tristes
recordações, me tranquilizavam o espírito.
Então calei!
Tentei abrir os olhos, na esperança de
ver quem me fazia aquele ato tão carinhoso e
suave. Tive quase certeza de que veria aquele
mesmo mar de ondas azuis e cristalinas. Com
muito esforço, consegui abrir os olhos, e vi. Era
mesmo a minha paisagem favorita. Então sorri!
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O bem e o mau

Renascer, viver e crescer, eis a questão!
O renascimento busca o conhecimento.
Sempre buscamos novidades que preencham
os espaços vazios do nosso espírito. São as
experiências que fazem a sua história.
Vivências são importantes, porque
trazem o conhecimento. Não haverá
conhecimento sem vivência.
O crescimento é uma função do
somatório de todas as vivências. Não haverá
crescimento sem vivências.
Na obra interminável da alma, cada
capítulo representa uma vivência. Nesta obra
divina, de autobiografia, a alma conta sua
história, e cada um dos volumes consta,
autografados, na biblioteca infinita do Criador.
Cada um dos capítulos é lido, com
especial atenção, pelo Bondoso Pai, que
sempre presenteia o filho com o próximo tema
a ser desenvolvido.
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Ele se encanta com as histórias vividas por
seus filhos, e rejubila-se com seus
crescimentos.
Lembra-Se, quando o filho ainda era tão
pequeno e inocente, e Lhe perguntava:
- Pai, o que é viver?
Então, com imensa ternura, respondia:
- Viva!
E o filho, escrevia sua primeira história. E foram
escritas outras e outras...
Histórias infindáveis, onde o bem e o mau
apenas serviam de parâmetros de
discernimento, esclarecendo o espírito em sua
interminável jornada, junto ao Pai.

O bom e o mau



Em uma roda de crianças, um adulto
contava a já muito conhecida história de
“Chapeuzinho Vermelho e o Terrível Lobo
Mau”. Embora todas as crianças já a
houvessem ouvido por inúmeras vezes, mesmo
assim, permaneciam com olhares paralisados
de terror, ante o iminente desfecho:
- Então, disse o narrador, o caçador
mata o Lobo Mau, abre-lhe o estômago, e retira
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de lá, vivinhas, a vovozinha e Chapeuzinho
Vermelho.
Uma das crianças, com semblante
tristonho, diz ao contador de histórias:
- Tio, mas o pobre Lobo só estava
cansado e com fome!
O nosso espírito escreve sempre a sua
história, e a apresenta ao Pai. Não conta
sempre a mesma, mas façanhas diferentes,
cheias de emoções, de lutas e de glórias!
O Pai, sempre lê com a mesma
misericordiosa imparcialidade, e registra em
seu volumoso livro, os méritos dedicados a tão
querido filho. Assim, determina o seu grau
evolutivo, e o abraça mais forte para junto de
Si.
- Pai, Vós que sois onisciente, diz-me,
como posso conhecer o bem? – pergunta o
espírito sequioso de conhecimento.
O Grande Pai, amoroso com seu filho
bem-amado, determina que sua próxima obra
lhe mostrará os domínios do mau. E, aquele
filho, mostrando infinita obediência, projeta sua
próxima jornada para atender aos desígnios do
Pai. Renasce em um mundo pleno de
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vibrações espirituais de ordem inferior. Ali,
seria seu laboratório, sua sala de aula, e teria
respostas a todos os seus argumentos.
Vivenciaria cada um deles, o que o tornaria
apto ao conhecimento do bem.
-Pai, eu desejei o conhecimento do bem,
e me enviastes para este mundo de sombras e
horror? – pergunta, tristemente, aquele espírito
sofredor.
-Te criei, a princípio, ignorante de todas
as coisas, para que pudesses vivenciá-las e
compreendê-las. Antes de enxergares a luz,
conheceste as trevas. Assim, não poderias
entender o bem se não dominasses o mau!
- Mas Senhor, se neste mundo tão
violento e mesquinho, onde predominam todas
as forças negativas, meu espírito for por elas
contaminado, não haverás de me amar menos?
– retrucou o espírito, ainda em desalento.
- Te amarei mais ainda filho, pois ao
sentires o quanto és amado, começarás, então,
a conhecer o bem!
Assim, aquele espírito escreveu toda sua
obra, e no último capítulo, tendo a
compreensão total de que, aquilo que entendia
por “mau” nada mais era do que a própria
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ausência do conhecimento das verdadeiras
Leis Divinas, do amor, da caridade e da
solidariedade fraternal, dedicou suas últimas
páginas ao esclarecimento de tais normas e
sentimentos. Legou, aos seus irmãos de
jornada, uma bússola, que os poderia guiar
através daqueles caminhos escuros, em
direção à eterna verdade.
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Visão Cósmica




A amplidão cósmica espalhava-se à
minha frente, para os lados, acima e abaixo,
em minha tela mental. Notava um intenso
contraste entre ausência e presença de luz.
Redemoinhos de luzes agrupadas ali e acolá,
pareciam fogueiras vivas em intensa
convulsão. Rodopiavam em torno de si
mesmas, mostrando um núcleo de forte
condensação de matéria, que ia se espraiando
em raios suaves, ou em grossos cordões
espiralados. Parecia-me impossível expressar
tanta beleza e grandiosidade.
Em outra região, pequenos grupos
luminosos, mais ou menos isolados,
mostravam-se em belos coloridos, e
tonalidades, ora fortes, ora fracas, dentro do
que se mostrava como uma gigantesca nuvem
gasosa. Observei que, mesmo onde se
apresentava somente o negro vácuo, com
absoluta ausência de pontos luminosos, estava
repleto de uma forte energia que, interligava
todo o conjunto.
Tudo estava em movimento suave,
quase imperceptível. Giravam, ou expandiam-se
levemente, em qualquer direção. Imaginei
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estar presente, frente ao portão de uma das
moradas do Pai.
Enquanto minha visão pairava,
observando maravilhado, aquele quadro de
tamanha magnitude e beleza, uma angústia
começou a surgir em minha mente. Uma
gigantesca catástrofe poderia ocorrer, se
houvesse um encontro entre dois aglomerados
mais próximos, que pareciam flutuar, sem
nenhum governo, naquele tetro ambiente, o
qual, a princípio, me parecera infinito, mas,
diante de minha atual preocupação, já não me
satisfazia em tamanho. Repentinamente, veio-me
à mente quantos ignotos mundos
pereceriam consumidos. Quantas vidas
deixariam de existir!
Entretanto, embora forças hercúleas
movimentassem, invisivelmente, cada um
daqueles conglomerados ofuscantes, de
massas incandescentes, havia incontestável
harmonia no conjunto. Como uma grande
orquestra em concerto, onde o maestro, com
seus gestos, determina a perfeita execução da
obra sinfônica.
Acalmou-me o espírito tal ideia e,
serenamente, repousei em corpo físico.
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A grande lei do equilíbrio

Toda a existência busca o
equilíbrio. O forte procura o fraco, para dividir
suas forças, equilibrando suas potências. O
vácuo é preenchido, em sua vacuidade, por
energias semelhantes, embora possam possuir
naturezas diversas. Assim, o maior busca
menor, o positivo atrai o negativo, o masculino
une-se ao feminino, etc. Todo semelhante
busca o seu dessemelhante, e nesta luta de
paz, organizam-se as existências e, em
todos os meios, correntes de energia, de toda
ordem vibratória, estão em contínuas
transformações.
Essas transformações são as bases do
equilíbrio universal. São transformações
energéticas que movimentam todos os
princípios vitais. Não seria possível haver vida
no universo, sem a ação primaz destas trocas
energéticas.
Observe a vida, como ela é. Analise seu
corpo, o funcionamento do seu organismo, e
veja a atuação deste processo vital.
Comecemos pela sua respiração. Seus
pulmões, que impulsionam o ar para dentro e
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para fora, supre as necessidades do oxigênio
vitalizante. Note que seus pulmões procuram
preencher o vazio, na inspiração, até haver o
equilíbrio neste sentido. Em seguida, expele
todo o ar, aliviando as forças potenciais, em
busca de novo ponto de equilíbrio, é a
expiração.
Tomemos mais um exemplo, ainda no
seu próprio corpo. Observe os batimentos do
seu coração, bombeando sangue nutritivo a
todas as partes do seu corpo, propiciando
assim, a continuidade vital. Veja que, aí
também, acontece o mesmo processo de
busca de equilíbrio, do estado pleno para o
vazio, e do estado vazio para o pleno.
Deixando seu corpo físico, busquemos
exemplos desta ação, por outras partes da
natureza. Lembremo-nos das ondas do mar,
que esvaziam suas forças nas areias da praia,
ou nas encostas dos rochedos. Harmonizam
suas energias e, em seguida, retornam ao
ponto original de equilíbrio.
Indo ainda mais distante, procuremos a
ação desta lei no Cosmo, onde residem toda
sorte de forças, em suas atividades maiores,
regendo, de infinito a infinito, a organização e
harmonia do caos.
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Expandem-se as galáxias, em todas as
direções, como se relaxassem as tensões de
forças outrora coercivas, plenas de energia,
que, neste momento, busca o seu ponto de
equilíbrio. É a expiração Cósmica.
Se tomarmos a Lei do Equilíbrio como
uma das grandes leis universais, haveremos de
considerar que este movimento de expansão
cessará, quando houver  alcançado o seu
ponto de equilíbrio potencial. Será iniciada,
então, a busca pelo novo ponto de equilíbrio,
como em um movimento pendular, o
movimento, agora, se dará no sentido inverso.
É a Inspiração Cósmica, pretendendo reunir
novamente, toda sua energia, em um único
ponto.
Nesta observação, vimos que a energia
se expande e se contrai até os limites de suas
forças potenciais, sempre à procura do
equilíbrio dinâmico, como em um movimento
pendular. Contudo, temos a fazer uma
consideração importante. Estamos lidando com
energias que se transformam em massa. É a
energia do mundo físico. Aquela que faz
nascerem estrelas, planetas, gases e, tudo
mais que dá existência ao plano físico.
Existe uma outra forma de energia, que
não se transforma diretamente em matéria, e
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que não obedece a nenhuma lei Newtoniana.
Esta energia diferenciada, está presente e
difundida por todo o universo, e além dele,
preenchendo todos os espaços, em todas as
dimensões. Ela está sempre em perfeito
equilíbrio e harmonia. Não possui correntes
migratórias compensativas, nem complementos
de forças. Ela não pode jamais ser criada nem
tampouco esgotada, embora supra todas as
energias primárias, em suas diversas
transformações. Esta energia vital age sobre o
espírito e sobre a matéria. É responsável pelo
fenômeno da continuidade da vida, atuando
sobre todos os sistemas autônomos dos
organismos.

A espiral evolutiva

O Grande Pai-Mãe, não descansa em
sua obra de criação. Está sempre em constante
atividade, transformando o caos em plenitude,
e retirando da plenitude o resultado de todas as
transformações, elevando a um novo grau
evolutivo.
Primariamente, realiza a primeira
transformação, direcionando sua vontade à
energia primordial, que surge no mundo físico
como energia primária. Esta energia primária, é
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a base de formação da matéria, e segue as leis
universais do plano físico. Sob a égide de tais
leis, surgem todos os elementos e compostos
químicos, inorgânicos e orgânicos, no reino
mineral e animal. Posteriormente, ainda em
função de tais leis, culminam-se as
transformações, possibilitando os processos
vitais, viabilizando a vida inteligente. Neste
patamar evolutivo da matéria, poderá ocorrer a
absorção da energia primordial. Acontece a
religação da criatura com o Criador.
Neste momento, a criatura, em seu grau
evolutivo mais simples, absorve, em sua
complexidade orgânica, a forma mais pura da
energia primordial, mas ainda não tem
capacidade para utilizá-la plenamente.
Na energia primordial, está contido todo
conhecimento do universo, visível e invisível. A
criatura, em seu grau evolutivo primário,
percebe, mas não compreende, pois ainda não
desenvolveu nenhum mecanismo de
transformação objetiva. Faltam-lhe as vivências
que, automaticamente, o suprirá destes
mecanismos.
A primeira vivência do ser corresponde
ao primeiro anel da espiral evolutiva. Ela se
inicia ao primeiro contato do ser com a energia
primordial, quando o Pai insuflou em suas
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narinas o seu hálito divino, e vai seguir, em
vivências futuras, até a plenitude, quando já
não haverá mais nenhum relacionamento com
as energias primárias. O ser passa a
relacionar-se integralmente com as vibrações
provenientes da energia primordial, divina.
De um extremo ao outro, cada anel da
espiral, ou seja, cada uma das vivências do
espírito corresponderá a um nível evolutivo,
que poderá acontecer em planos existenciais
diversos. Aquele em que a criatura possa
sentir-se em perfeita harmonia e equilíbrio
vibratórios.
Poderemos, então, subdividir esta
trajetória, em níveis vivenciais,
correspondentes à infância, juventude,
maturidade e velhice da alma.
A infância, seria desde o momento da
sua primeira absorção do espírito divino, ou
seja, energia primordial, até o momento em que
consegue compreender, após inúmeras
vivências, os sentimentos e emoções mais
básicos, mas ainda não consegue o domínio
sobre os mesmos.
Na juventude da alma, as tendências já
podem ser controladas. Já existe um bom nível
de entendimento e interpretação das
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informações transmitidas pela energia divina.
Fortalece-se a ligação entre o Criador e sua
criatura.
Na sua maturidade, o Ser poderá atingir
a plenitude do entendimento das leis divinas. O
seu espírito absorve toda a energia primordial
e, lê claramente o seu conteúdo. Não haverá
mistérios para o espírito, e sua relação com o
Pai torna-se direta, pessoal, de espírito para
espírito.
A velhice corresponderá ao período em
que o espírito do Ser, confunde-se com o
próprio Criador. Poderemos dizer que o filho
retorna à casa do Pai, como na Parábola do
Filho Pródigo.

Evolução e involução

Em nossa espiral evolutiva, dissemos
que cada uma das espirais corresponde a uma
vivência. Mais ainda, que cada uma destas
vivências pode acontecer no mesmo plano
evolutivo, quando o espírito ainda não houver
atingido a plenitude de conhecimentos
necessários ao seu autodomínio naquele plano.
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Quando o espírito completa o
aprendizado necessário, sente a necessidade,
pela lei do equilíbrio, e, automaticamente, será
alcançado outro plano de evolução, onde sejam
harmoniosas as novas energias vibratórias.
Desde o ponto onde o espírito vivenciou
a primeira experiência, dentro de um
determinado plano evolutivo, até a sua última
experiência, dentro deste mesmo plano, o
espírito experimenta o processo de evolução.
No momento em que se transportou para
outro plano, imediatamente superior, ocupará
outra base de evolução. Deixou a mais alta
ordem em um plano inferior, e passou a mais
baixa ordem em um plano superior. Acontece,
então, o fenômeno relativo da involução.
Poderemos substituir o termo “involução”
pelo termo “transição”, que considero mais
apropriado.
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Uma visão da grande “roda”.

Surgiu em minha mente a imagem da “Grande
Roda”. Na verdade, seria um grande caminho.
O espírito orbitando em torno de um eixo
imaginário, que aponta na direção do infinito. A
roda, é o caminho desviado da direção que
seria correta, se não houvesse os transtornos
que fazem desviar o espírito de seu caminho
rumo à luz.
O que produz este desvio são os sentimentos,
e tudo que é produzido durante a vivência do
espírito no casulo material.
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terça-feira, 2 de abril de 2019

Sobre os benefícios transformativos da meditação



Sobre os benefícios transformativos da meditação

por Paramahansa Yogananda
(April edition of the Self-Realization Fellowship eNewsletter)


Meditação é a ciência da realização de Deus. É a ciência mais prática do mundo. A maioria das pessoas gostaria de meditar se compreendesse seu valor e experimentasse seus efeitos benéficos.


A porta para o reino dos céus está no centro sutil da consciência transcendente no ponto entre as duas sobrancelhas. Se você focar sua atenção naquele lugar de concentração, encontrará tremenda força espiritual e ajuda interior.


Como um primeiro passo para entrar no reino de Deus, o devoto deve ficar parado na postura correta de meditação, com a espinha ereta, e tensionar e relaxar o corpo - pois, por relaxamento, a consciência é liberada dos músculos.

O iogue começa com a respiração profunda adequada, inalando e tensionando todo o corpo, exalando e relaxando várias vezes. A cada expiração, toda a tensão e movimento muscular devem ser afastados, até que um estado de quietude corporal seja alcançado.


Então, pelas técnicas de concentração, o movimento inquieto é removido da mente. Na perfeita quietude do corpo e da mente, o iogue desfruta da paz inefável da presença da alma.


No corpo, a vida é templificada; na mente, a luz é templificada; na alma, a paz é templificada. Quanto mais profundo se entra na alma, mais a paz é sentida; isso é superconsciência.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Obreiros Inocentes, tecnocristos



Obreiros Inocentes, tecnocristos(*).
Luiz A C Pimentel
A Doutrina Espírita, conforme a codificação de Allan Kardec, repousa sobre três aspectos: filosófico, religioso e científico. Esta tríade tem como objetivo a formação do Homem integral, por fornecer as bases do conhecimento legado pela espiritualidade, que requer o conhecimento, a ideia e obediência aos princípios cristãos. Forma um tripé, sobre o qual se apoia todo o conteúdo doutrinário.
Conforme Allan Kardec, “O Espiritismo é ao mesmo tempo uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, ela consiste nas relações que se pode estabelecer com os Espíritos; como filosofia, ela compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações”. (KARDEC, A., "O que é o Espiritismo", Instituto de Difusão Espírita, 28a. edição, 1993.)
Os três lados do triângulo que representam estas bases deveriam ser equiláteros, ou seja, o conhecimento filosófico, científico e o religioso transmitidos aos adeptos com equidade. Entretanto, assim não acontece na prática, sendo preocupação de poucos esta relação de dependência. A absorção do conhecimento fica por conta das características individuais dos adeptos, das suas disposições para uma ou outra facilidade de assimilação dos respectivos conteúdos de acordo com sua aceitação pessoal. São notáveis também as peculiaridades da comunidade onde se aplica. Os costumes populares têm grande influência na receptividade, como também no que é oferecido como ensinamento, dentro dos três ramos da Doutrina.
A Organização Mundial de Saúde já reconhece a influência espiritual, e por consequência, o mundo espiritual. Veja no texto abaixo, escrito pelo Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, Professor da Faculdade de Medicina DA USP, onde já é obrigatória a cadeira de Medicina e Espiritualidade:

“... A OBSESSÃO ESPIRITUAL como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina... desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecido na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID – Código Internacional de Doenças – que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 – define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.”
No Brasil em particular, a denominada “Pátria do Evangelho” por Francisco Xavier, em obra ditada pelo espírito Humberto de Campos, o maior país espírita tem seu povo de origem humilde e subserviente desde suas origens. Esse povo, de coração bondoso e crédulo, não faz questão de atestar sua crença por meio de fórmulas matemáticas nem de pensamentos profundos de filosofia. Segue o que lhe dita o coração e a fé.
Em ambiente assim, não haveria de prosperar, com facilidade, o ramo filosófico e muito menos o caráter científico do espiritismo. O Brasil, sendo a maior população espírita do planeta, possui maiores possibilidades de desenvolver todas as tendências, entretanto, nota-se grande desnível a favor do espiritismo religioso. Mas a Doutrina é dos espíritos, homens de outra dimensão que sobre nós espraiam, sobretudo, bênçãos de luz e desejam nossa prosperidade integral. Trabalham em prol de toda humanidade, à qual pertencem, no desejo de que, de modo coerente e equilibrado, conquiste um futuro luminoso.
O Espiritismo e a Ciência se completam um pelo outro; a Ciência, sem o Espiritismo, se acha impossibilitada de explicar certos fenômenos, unicamente pelas leis da matéria; o Espiritismo, sem a Ciência, ficaria sem apoio e exame” (Kardec,”A Gênese”, Caráter da Revelação Espírita,16).
Aqui, o Espiritismo como ciência, avança quase que no anonimato, sustentado por adeptos de mente aberta que acreditam com fé inabalável na necessidade da mudança nos métodos outrora empregados para o estudo deste lado da Doutrina. Devemos passar da simples observação passiva, para uma relação mais ativa como o “outro lado”. Nossos parceiros clamam por nossa atenção, no sentido de que novos tempos são chegados e que já possuímos ferramentas mais adequadas para uma comunicação mais abrangente e sólida. O tempo das batidas, mesas girantes e outros métodos atuais para esta comunicação já carece de uma atualização para procedimentos que utilizem o lado científico da Doutrina.
A partir do ano de 1959, a espiritualidade, através de Friedrich Jürgenson, iniciou uma nova maneira de estabelecer contato. Desde então, outros pesquisadores deram sequência ao estudo realizando novas exitosas experiências. Esta nova técnica de comunicação tem hoje o nome de TCI, ou Transcomunicação Instrumental.
Se utilizarmos o décimo, que nos é peculiar, de inteligência cerebral, e meditarmos um pouco sobre o trabalho executado pelo plano espiritual, donde tudo se origina, para levar à frente este Projeto Terra, certamente chegaremos à conclusão de que a tecnologia que hoje possuímos tem um mérito mais elevado do que possibilitar o seu uso para fins exclusivamente egoístas e perniciosos. Convém imaginar que algo maior é cogitado.
O equilíbrio é preciso para esse progresso e, assim, fazem-se necessárias ações que possam compensar a falta localizada em algumas partes do planeta, dos conhecimentos essenciais para o sucesso dessa jornada.
Através dos “Obreiros Inocentes ou Tecnocristos” a espiritualidade participa, preenchendo as lacunas, onde existam, dos conhecimentos técnicos e científicos de que precisa a humanidade, para a continuidade do seu progresso.
Com sábia objetividade, escolhe o lugar e o tempo certo, onde a carência é bem visível, para prover essa necessidade. Com muita frequência, envia-nos diversos mensageiros que, inocentes de suas missões quando aqui chegam, agem, ora isoladamente, outras vezes juntam-se no estudo de um projeto que, finalmente resulta em um avanço científico que beneficiará a humanidade como um todo.
Denomino estes espíritos encarnados de “Obreiros Inocentes” por geralmente desconhecerem o verdadeiro teor de suas missões – é comum preconizarem-se como ateus. Tecnocristos, pois quando desempenham missão de teor puramente científico, requerendo desses voluntários espirituais, total abandono de si mesmos, em prol da ciência. Crucificam-se nos laboratórios voluntariamente, doando-se ao altruísmo.
Aos espíritos não influi a tendência religiosa destes servidores. O que importa é o sucesso de sua missão. Eventualmente, a descrença de uma realidade mística vem colaborar nesse sucesso. Evidentemente, este espírito inocente, momentaneamente desfocado de sua situação cósmica, é assistido amplamente pela espiritualidade que trabalha ao seu lado. Eis porque, com frequência, sentem-se intuídos em atividades paranormais, ou deixam-se levar por pensamentos acerca de assuntos dessa natureza.
A finalidade precípua desta intervenção é, sem dúvidas, suprir a humanidade das necessidades básicas para uma missão maior a qual seria o conhecimento indubitável para o homem, da existência à qual faz parte – a Realidade Cósmica. O conhecimento dessa realidade e o relacionamento mútuo homem-cosmo; homem-matéria; homem- espírito.
Dentre muitos, citarei como exemplo, um desses Obreiros Inocentes, que nos legou extraordinário avanço tecnológico, proporcionando a toda humanidade os frutos de seus trabalhos e suas invenções. Chamou-se Nikola Tesla e esteve entre nós de 1856 a 1943.
Dentre dezenas de invenções podemos citar: Transmissão de energia elétrica a longa distância; motores de indução elétrica; o rádio; a lâmpada a gás e outros tantos que hoje fazem parte do nosso dia a dia.
Nikola Tesla foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e eletrotécnica, de etnia sérvia nascido na aldeia de Smiljan, Vojna Krajina, no território da atual Croácia. (Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Nikola_Tesla).
Não cabe aqui sua biografia, a qual pode ser vista no link acima, porém os dados de sua personalidade, que nos levam ao que afirmamos neste artigo.
Tesla não se deixava corromper pelo dinheiro nem por posições sociais. Seu foco de vida visava uma única coisa acima de tudo – o bem da humanidade. Com esta ideia, lutou bravamente toda a vida, superando toda espécie de trapaça, má vontade e ganância de aproveitadores que dele extorquiram vantagens com exclusiva intenção de enriquecimento próprio. Todo dinheiro que conseguiu foi empregado nessa missão, não tirou nenhum proveito em causa própria, morrendo “naturalmente”(?) pobre e só em um quarto de hotel. Durante sua vida, totalmente dedicada à ciência, teve diversos lampejos da existência em outras dimensões. Em uma delas pôde perceber a morte de sua mãe que vivia distante. Nikola Tesla foi um Obreiro Inocente ou Tecnocristo da mais alta qualidade, que cumpriu de forma maravilhosa a missão que lhe foi confiada no Planeta Terra.
É de sua autoria o seguinte pensamento que se refere à natureza de suas ideias, pesquisas e invenções:
O mundo não está preparado para isto. É algo muito além do nosso tempo, mas as leis vão prevalecer, e um dia farão um sucesso triunfante”. (Nikola Tesla)


(*) Tecnocristo: termo criado por mim para designar uma situação que envolve a tecnologia (tecno) e o envolvimento de sacrifício pessoal (cristo) visando o bem-estar coletivo.
Referência Bibliográfica:
KARDEC, A.,”A Gênese”
KARDEC, A., "O que é o Espiritismo", Instituto de Difusão Espírita, 28a. edição, 1993.)
Site: Uniespirito
TESLA, N., - Wikipédia

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sábado, 26 de janeiro de 2019

Extrair o texto de imagem digitalizada


Descobri recentemente uma forma de extrair o texto de uma imagem digitalizada, de forma que o mesmo fosse completamente editável. Muitas pessoas necessitam desta técnica para que documentos de texto digitalizados retornem ao formato original, de forma fácil, sem exigir a necessidade da utilização dos OCRs caros e difíceis de conseguir. O teste foi feito em imagem do tipo .jpg, mas acredito que também funcione, sem problemas, para outros tipos de imagens. Houve um problema para documentos de texto com múltiplas colunas; neste caso, deve ser feito um tratamento preliminar para transformar cada coluna em um único documento.
Como isto funciona? É bastante simples. Primeiro, necessitamos possuir uma conta no Google. Todos sabem que quando você abre uma conta no Google, então possuirá uma série de serviços oferecidos gratuitamente. Conta aberta, um dos serviços gratuitos que você terá direito é o Google Drive – um repositório (Google Drive) onde você poderá arquivar diversos tipos de arquivos. Para saber mais a respeito, busque no próprio site da Google as informações detalhadas.
O segundo passo consiste em salvar o arquivo imagem, referente ao artigo, no citado repositório virtual. Para fazer isto, você deve se logar na sua conta Google e acessar o seu Google Drive (veja a figura) abaixo:

Para acessar o Google Drive, clique no ícone “Drive”.
A seguir, quando houver acessado a página do seu Google Drive, poderá fazer o upload do arquivo desejado. Veja a figura a seguir:

1- Clique em “Meu Drive” e escolha a opção “Fazer upload de arquivos”.
2 – Escolha o arquivo que deverá estar no diretório do seu computador e clique em “Abrir”
3 – Aguarde, enquanto o processo é concluído. Visualize no canto inferior direito da tela a mensagem do aplicativo informando a conclusão do upload.
Após salvar o arquivo no Google Drive, restará abrir tal arquivo utilizando o aplicativo do Google intitulado “Documentos Google”. Para fazer isto, selecione o arquivo clicando sobre ele com o botão direito do mouse. Escolha “Abrir com” e depois clique na opção “Documentos Google”. Veja a figura abaixo:

O documento será aberto no aplicativo mostrando na primeira página a figura do arquivo original. Role então para as páginas seguintes e verá o texto que compõe a figura no formato de texto puro, editável. Veja na figura abaixo; na página superior vemos a figura original e na página abaixo e subsequentes, o texto puro correspondente.

Verifique todo o texto gerado para corrigir algumas imperfeições que surgem devido à deficiência da nitidez da imagem. O próprio aplicativo já facilita esta operação – clique com o botão direito do mouse sobre a palavra a corrigir e o aplicativo lhe oferecerá uma sugestão, aceite ou corrija ao seu critério.
O problema referente às colunas, as quais menciono no início, é porque o aplicativo considera sempre como se fosse somente uma coluna, e mistura os textos das diversas colunas, criando uma confusão no texto final. Então, para resolver esta situação, eu fiz o seguinte:
1 – Editei o arquivo original multicolunas no PhotoShop, criando para cada coluna uma imagem separada.
2 – Tratei cada uma destas colunas separadamente no aplicativo da Google, obtendo o texto final sem nenhuma mistura.
3 – Utilize um editor de texto para reagrupar os diversos blocos de texto da forma que melhor lhe convier.
Àqueles que estiverem interessados, mas não sabem como obter as colunas em separado, utilizando o PhotoShop ou outro aplicativo qualquer, faça contato comigo que passarei as informações para que consiga um bom resultado.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O FENÔMENO DA PROJEÇÃO ASTRAL



O FENÔMENO DA PROJEÇÃO ASTRAL




O assunto que passo a abordar, considero polêmico mas de enorme relevância para todos. Relutei bastante antes de estar aqui, diante do computador, digitando e imaginando a melhor maneira de transmitir, de forma pelo menos confiável, este assunto. Na verdade, não existe nenhuma novidade no que passarei a revelar; é antigo, muito antigo, e falado, e explicado de diversas maneiras por muitas pessoas que conhecem e praticam este “fenômeno”. Faz parte da própria natureza humana e podemos considerar como uma das necessidades essenciais para que a vida seja como ela é.

Em primeiro lugar, é necessário falar sobre assuntos correlatos que, sem os seus devidos conhecimentos e entendimentos, torna-se mais difícil a compreensão do objeto em foco. Então, vamos tentar argumentar sobre o primeiro deles: As Dimensões.

De forma simplória, o que podemos entender por dimensões? Podemos afirmar que são as medidas de uma forma geométrica. Por exemplo, podemos entender que algo como uma linha seja uma forma unidimensional, pois não possui nenhuma medida além do comprimento; uma superfície plana, seria algo bidimensional, pois possui, além do comprimento a medida de largura; um cubo, geometricamente possui três dimensões – altura, largura e comprimento. Mas, como poderíamos imaginar algo na quarta dimensão? E quais medidas seriam acrescentadas? Com certeza estaríamos em apuros nesta definição ou poderíamos optar por algo que julgássemos conveniente, mas estaríamos entrando no campo da imaginação.

Notamos então, que até a dimensão em que nos encontramos, é muito fácil perceber as dimensões inferiores, e difícil visualizar a próxima. Para seguir com o estudo que planejamos, vamos entender de outra maneira o seu significado; considere dimensão como Plano de Frequência Existencial, isto é, uma certa região onde prevalece uma determinada gama de frequências. Como exemplo, lembre-se das frequências que delimitam as cores visíveis, onde temos a cor violeta na faixa de frequência 668-789THz; o azul na faixa de 606-668THz; etc. Então, facilmente podemos imaginar as infinitas regiões, ou Planos de Existência. Considerando desta forma, podemos entender o nosso plano tridimensional como uma região onde as frequências energéticas propiciam a existência física tal como a conhecemos. Indo além, podemos imaginar as infinidades de Planos Existenciais, aquém e além do nosso. Perde o sentido, agora, falar em Plano Tridimensional.

Então, vamos esquecer a geometria e passemos a entender o Universo como uma sequência de Planos, ou Dimensões, que se sucedem de forma infinita. Neste ponto, já temos os subsídios necessários para prosseguir em direção ao foco do nosso estudo. Entretanto, devemos analisar mais alguns detalhes relativos aos Planos ou Dimensões. Qual nossa posição em relação a tais Dimensões? Por que estamos “presos” em uma única Dimensão que denominamos como 3D? Uma resposta a esta questão seria dizer que não estamos “presos” em uma única Dimensão. Contudo, para entender isto, temos que passar a outras explicações sobre a relação do homem e o Universo, ou seja, a infinidade de Dimensões que se sobrepõem.

Quando olhamos a nossa volta, vemos os objetos que nos cercam. São coisas que se assemelham a nós próprios pois possuem as nossas características. Não poderia ser diferente, pois todas estão dentro da mesma frequência existencial, ou seja, frequência energética que dá sua forma. Se tivéssemos o dom de ampliar indefinidamente aquilo que vemos, com certeza, poderíamos ver o que focalizamos como um aglomerado energético em forma de luz; semelhantemente veríamos todas as coisas que focalizássemos. Esta é a matriz original da matéria – energia pura – átomos aglutinados em variados modelos. Todo o Universo Material, com infindáveis galáxias, com todas as estrelas, planetas, e todos os corpos celestes, obedecem à mesma regra: estão dentro do campo de frequência energética que constitui a matéria.

Quando falamos das formas definidas pelos aglomerados atômicos, não podemos deixar de pensar: “Que força imensa obriga aqueles átomos a se manifestarem assumindo as formas mais variadas? Como podem obedecer a uma ‘lei’ que os direciona e os obriga a agirem obedecendo a regras desconhecidas, mas que conseguem colocar ordem no que poderia ser um verdadeiro caos?”. Estas conjecturas nos conduzem a imaginar que existe algo mais que pura energia, desordenada e espalhada pelos vácuos dos espaços interdimensionais. Temos que admitir que a energia, seja na forma que for, por si só não poderia realizar as maravilhas que temos ocasião de presenciar. Não nos resta apenas imaginar, mas acreditar que uma força inteligente, muito além da nossa compreensão age continuamente sobre todo o universo e, por semelhança, sobre todas as Dimensões.

A mesma dificuldade que temos em elaborar as medidas geométricas que poderiam compor dimensões superiores à nossa, também acontece à nossa mente quando temos que imaginar situações que estão fora do escopo desta nossa dimensão. Isto ocorre porque nosso cérebro não possui as informações devidas para realizar as comparações necessárias ao entendimento, dentro dos parâmetros da dimensão atual. Resta-nos satisfazer nossa apreensão utilizando o poder da imaginação, ou seja, através da concepção podemos penetrar em outras dimensões. Mas, de onde surgiu este novo paradigma que denominamos “imaginação”?. Assim como as forças que estabelecem a ordem no universo nos leva a acreditar na existência de algo sutil e de suprema inteligência dirigindo este universo e, por consequência, todos os infinitos universos existentes; também nos faz crer que atuam sobre nós, criaturas humanas, nos transferindo um pouco de si, ou seja, inteligência, imaginação, razão, as sensações, etc, e principalmente a Consciência.

A imaginação, a razão e a inteligência nos dão a certeza de que as características desta Força que se transmite por todas as dimensões se manifesta em cada uma delas transmitindo suas características de acordo com a estrutura em que a mesma se projeta. Assim, todo ser vivente, traz em si algumas características herdadas desta inteligência suprema, criadora. As plantas, até onde sua estrutura suporta manifestar; os animais, algo mais complexo, podem herdar um pouco mais; e o homem, como a matriz mais avançada, tem como herança maiores dotes desta força. Dentre tais, temos que considerar a Consciência como a mais relevante. É através da Consciência que nós, seres humanos, nos relacionamos neste e nos demais Planos da Existência.

Podemos afirmar, com segurança, que nossa existência é definida pela nossa Consciência. Em outras palavras, nós estamos onde está nossa Consciência. Seja em qual Plano for, se ali está focada nossa Consciência, ali também transcorre nossa vida. Neste momento, minha Consciência está focada aqui, no Plano que denominamos como Material; e aqui estou digitando esta mensagem. Isto não implica em dizer que estamos ausentes nos demais Planos Existenciais. Estamos ligados a todos, mas pertencemos a apenas um – aquele em que a Consciência está focada. Podemos fazer analogia com o teclado de um piano; ele possui dezenas de notas e acordes, mas se toca uma de cada vez.

Resta ainda uma última afirmação para seguirmos firmes na direção nosso objetivo. Esta afirmação talvez seja a mais importante para se alcançar êxito nas tentativas que poderemos fazer mais adiante. Acredite com firmeza que esta Consciência de que falamos acima, é apenas um atributo da Força Maior, combinado a ele, possuímos outros atributos que poderão ou não sobressaírem no Plano que esteja ativo. Relembremos aquela força que se sobrepõe à força dos átomos e os domina a ponto de construir com eles as formas mais convenientes para sua própria manifestação. Assim, quando a Inteligência precisa manifestar-se na forma de um planeta, ela cria um planeta; se deseja manifestar-se na forma de uma árvore, então, cria uma árvore, se deseja manifestar-se na forma humana, cria então o homem, com todos seus atributos. Desta forma, temos que considerar que o corpo, formado pelos aglomerados de átomos, é apenas a forma adequada para a manifestação de uma força superior. Com estas considerações, pretendo passar o entendimento de que o nosso corpo material é apenas a residência do Ser Verdadeiro – a manifestação Divina.

Aqui, talvez caiba uma explicação aos amigos que, como eu, acreditam na reencarnação. Como tudo isto pode se encaixar, de forma que não contradiga a doutrina que prega a reencarnação? Devemos lembrar o que dissemos acima, referente ao fato da dificuldade de raciocinarmos com bases em situações que estão fora do nosso Plano de Existência. Devemos lembrar também que a Força que doma os átomos, e que mantém, não apenas um, mas todos os Universos em completa harmonia, sendo de infinita sabedoria, saberia facilmente manipular esta situação. Resta lembrar que estamos ligados através da Consciência em Todos os Planos e que onde esta consciência estiver focada, ali também estaremos com nosso corpo formado. A reencarnação, considerando estas afirmativas, seria apenas a transferência do foco da Consciência do Plano Espiritual, ou onde ela estiver, para o Plano Material, ou outro qualquer, onde a Inteligência Suprema determinar. A maneira como isto acontece faz parte de outro estudo e, portanto não faremos menção a respeito disto.

Tudo o que foi dito acima, tem como principal objetivo dar ênfase à afirmação da existência do Corpo Astral, considerando o Astral como um Plano imediatamente superior ao que denominamos de Plano Material, aquele em que nos encontramos agora! Não somente o Corpo Astral, mas também muitos outros corpos poderão ter existência e vivência real, seja em qual Plano for, se para lá dirigirmos nossa Consciência. Contudo, consideremos apenas o Plano Astral, que é o centro do nosso estudo.

Chegamos, finalmente, ao nosso objetivo principal, ou seja, a projeção no Plano Astral, da nossa Consciência. As perguntas que poderão aparecer neste momento seriam da forma: “Existe mesmo este Plano Astral?”; “Como poderia alguém passar para tal Plano?”; “Se for possível, é difícil ou fácil realizar tal experiência?”; “...e se isto acontecer, o que faço”; “...e os perigos? Corro algum risco?”; etc. Existiriam dezenas ou centenas de dúvidas a respeito deste fenômeno e, com toda razão, pois não é algo comum, que se conviva no dia-a-dia. Entretanto, podemos reiterar que, embora não seja algo do conhecimento e vivência pública, convivemos com este fenômeno diariamente, pois naturalmente, e de forma inconsciente, realizamos esta saída durante nossos sonos profundos.

A Força de Infinita Sabedoria, que nos proporcionou este corpo para nele expressar-se à Sua conveniência, nos legou também uma série de atributos que estão ativos ou adormecidos, ou que atuam de forma automática, involuntária. Dentre eles, está a que luta pela preservação do corpo, fornecendo todo necessário para sua sobrevivência em quaisquer situações. Esta força, que possuímos e que, na maioria absoluta das pessoas, passa despercebida, atua de forma absoluta em todos os momentos de sua vida. Esta, é a maior força entre todas as que nos foram legadas. É esta mesma força que obriga nossa consciência a se projetar no Astral, em corpo criado à semelhança do físico, enquanto este mesmo corpo físico se restabelece energeticamente. Poderia se afirmar que se não ocorresse tal situação, o corpo físico envelheceria rapidamente e não teria condições para abrigar a vida por longo tempo.

Esta é a forma natural da Projeção da Consciência no Corpo Astral. Entretanto, existe a possibilidade de realizar esta projeção de forma consciente, ou seja, pelo nosso desejo, no momento que acharmos conveniente. A principal diferença entre a primeira e a segunda forma, é o grau de consciência com que a mesma é realizada. Na forma natural, o fenômeno acontece durante o sono profundo, quando a consciência se transfere no estado subconsciente, portanto, quando retornamos ao corpo físico, pouca coisa ou nada lembramos. Entretanto, quando realizamos a projeção pelo segundo método, ou seja, com nossa consciência no modo ativo, ela se mantém esperta no corpo astral e, quando retorna, traz consigo todas as recordações da vivência no outro plano.

Respondendo a algumas das perguntas supostamente feitas acima, tentaremos esclarecer alguns detalhes que podem comprometer a experiência.

Existe o Plano Astral? - esta pergunta já está respondida pelos esclarecimentos feitos acima.

Como poderia alguém passar para tal Plano? - Em primeiro lugar, lembre-se que sua vida acontece onde sua consciência está focada. Existem muitos métodos utilizados para realizar a Projeção de forma consciente. Procure um que se ajuste ao seu jeito de ser – este será o melhor método pra você. No final deste artigo mostrarei o meu método, mas não o considere como o melhor, procure outros e veja em cada um aquele que melhor lhe atende.

É difícil ou fácil de realizar? - depende de cada um. Pode ser fácil, e existem pessoas que realizam sem nenhum esforço; já vem de berço. Entretanto, para outros, parece difícil, mas não impossível, lembre que isto é algo natural que você realiza, inconscientemente, todas as noites. A dificuldade, possivelmente, seja por motivo da falta de método adequado ou da persistência necessária. Também, pode ocorrer a dificuldade em virtude da existência de sentimentos que impedem a ocorrência, exemplo: medo.

E se acontecer, o que faço? - realize o que estiver a sua frente. Esteja convicto de que você não se sentirá um estranho. O que fizer será feito naturalmente, como se você sempre estivesse ali. Se o ambiente lhe parecer estranho, aproveite para explorar. Sinta-se em casa!

E os perigos…? - Embora possa acontecer algo que tente afugentá-lo, amedrontá-lo, ou ameaçá-lo, nada poderá atingi-lo de forma definitiva. Num piscar de olhos, você estará de volta ao seu refúgio inexpugnável – seu corpo físico. Além disto, existem os Protetores que estão sempre ativos para prestar socorro a quem reclama. Então, antes de iniciar esta empreitada, tenha bons pensamentos; realize uma prece convocando a sua proteção – isto será o suficiente.

Para complementar este estudo, passo a vocês o meu método de realização, baseado no conteúdo acima:

O principal para executar este método é você não somente imaginar e não somente crer na existência do corpo astral. Você tem que senti-lo. Para que isto aconteça, comece quebrando o sentimento de que você é o que seu corpo material representa. Pense a todo momento possível que você está no seu corpo, mas que você não é ele. Sinta esta dualidade até que não haja mais nenhuma dúvida.

Quando você for capaz de visualizar-se independente do corpo material, estará a meio caminho do seu objetivo.

O segundo passo é mais simples: procure um momento, em qualquer lugar, com a certeza de que nada poderá prejudicar seu relaxamento. Sim, o relaxamento é extremamente necessário. Quando houver esta condição, faça o relaxamento do corpo obedecendo algum método seu, pessoal, ou utilize este que vou lhe passar:

- Sente-se com a coluna ereta e as pernas cruzadas ou ao longo do assento, da forma que for mais agradável ao seu relaxamento. Ou deite-se de forma que se sinta confortável.
- Feche os olhos para não ser atraído por alguma distração visual. O ideal seria o ambiente em que nenhum fenômeno físico pudesse lhe distrair.
- Dirija seu pensamento para os seus pés. Mantenha ali sua consciência até sentir um certo formigamento nos pés.
- Eleve o pensamento para as pernas e faça o mesmo que fez para os pés.
- Faça o mesmo para as coxas, quadris, ventre, tórax, mãos, braços, ombros, pescoço, face, cabeça.
- Enquanto executava as ações acima, a respiração seria lenta, enchendo os pulmões, mantendo por 3 segundos e depois expirando devagar, sempre pelo nariz.

Execute o exercício acima pelo menos 3 vezes, desde que não se sinta cansado. Mantenha a respiração lenta sem esforço.

Terceiro passo: imagine seu corpo (astral) flutuando acima de você. Fixe sua consciência nele. Não se deixe distrair por nada do corpo material, procure não senti-lo. Quando você sentir que sua consciência está focada no corpo astral que flutua acima do corpo físico, tente mover-se de alguma forma (o corpo astral) – para os lados, rodopiando, para um lado ou para o outro. Movimente-se.

Se a sorte lhe sorrir, você será lançado no Plano Astral plenamente consciente.

Gostaria de lhe dizer que, além de tudo de bom que esta experiência lhe proporciona, o melhor de tudo está na própria visualização do Astral. A beleza das cores em tudo é fantástico. As Consciências que lá se encontram, quando amigas, o que geralmente acontece, te oferecem uma paz que jamais será encontrada aqui no nosso velho 3D. Procure exercer a sua vontade para realizar o que desejar. A tristeza só acontece quando você retorna de forma quase sempre automática, e fica a lembrança daquele ambiente tão maravilhoso.

Boa Sorte!