A CRIAÇÃO CÓSMICA
por Paramahansa Yogananda
Quando
as fagulhas da criação cósmica se dispenderam de Teu seio
flamejante, cantei no coro das luzes cantantes que anunciavam a
chegada dos mundos. Sou uma fagulha do Teu fogo cósmico. Tu, oh Sol
de Vida, conforme Te mostraste nos cálices mortais das mentes,
transbordantes do líquido fundido de fagulhas de vitalidade,
fostes aprisionado na dourada pequenez dos sentimentos humanos.
Em
cada frágil e oscilante espelho de carne, vejo a inquieta dança do
Teu poder onipresente. No palpitante lago de vida, contemplo Tua vida
todo-poderosa.
Permite
que igualmente a Cristo, por um mandamento de concentração, eu
possa acalmar as tormentas dos desejos inquietos que dançam no
límpido lago de minha mente. No lago sereno de minha alma amo
contemplar Teu sereno rosto imperturbável. Rompe os limites da
pequena onda de minha vida para que Tua imensidade se difunda sobre
mim.
Faz-me
sentir que meu coração está palpitando em Teu seio, e que caminhas
através de meus pés, respiras através de meu alento, dirigindo a
atividade de meus braços e as ondas de pensamentos do meu cérebro.
Teus suspiros adormecidos despertam com o pranto de meus suspiros.
Com Tua graça, as borbulhas de Tuas visões de criação flutuam na
câmara de meu sonho ilusório.
É
Tua vontade meteórica que cruza através dos céus de minha vontade.
Me faz sentir que és Tu que te convertes em mim. Oh, me faz sentir
que sou Tu mesmo, para que possa contemplar a pequena bolha do meu
ser flutuando em Ti.
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